A luz das 16:30

Quando, aos meus seis anos de idade, uma professora pediu à nossa turma para desenhar o que mais gostávamos de fazer, não pensei duas vezes: desenhei o corredor do meu prédio onde brincava com meus amigos. Na hora não soube dizer por que. Não era pelo lazer, pela brincadeira em si, pela distração ou por acaso, mas me lembro de justificar dizendo que o Sol entrava pela janela e coloria o corredor. Eu falava com a professora: “sabe, quando o sol entra e você fica no cantinho, brincando?”.

Um momento que me confortava. Não existia desenho ou palavras que traduzissem aquele sentimento. O lápis de cera laranja não era suficiente. E ainda não foi!

Vinícius Steinbach

domingo, 6 de março de 2011

Um história de Vicente - 12

Acordou do cochilo que quase não aconteceu, sem a necessidade de poesia. Sonhou um pouco. O dia estava clareando e aquela brisa fresca da manhã o animara. Quase o mesmo tanto que o cheiro do sabonete que lembrava a infância.

Ainda lembrava do salgado de Angra, mas resolveu:

- Um pão de queijo e um pingado.

Era o primeiro pão de queijo dessa nova fase. Obrigado.

Saiu na calçada. Pra onde era o mar?