A luz das 16:30

Quando, aos meus seis anos de idade, uma professora pediu à nossa turma para desenhar o que mais gostávamos de fazer, não pensei duas vezes: desenhei o corredor do meu prédio onde brincava com meus amigos. Na hora não soube dizer por que. Não era pelo lazer, pela brincadeira em si, pela distração ou por acaso, mas me lembro de justificar dizendo que o Sol entrava pela janela e coloria o corredor. Eu falava com a professora: “sabe, quando o sol entra e você fica no cantinho, brincando?”.

Um momento que me confortava. Não existia desenho ou palavras que traduzissem aquele sentimento. O lápis de cera laranja não era suficiente. E ainda não foi!

Vinícius Steinbach

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Uma história de Vicente - 14

Vicente me mandou a seguinte carta e pediu-me que a publicasse. Segue tal como:

Podem parecer demagogias ou frases feitas, mas, por favor, amem sim uns aos outros. Respirem fundo. Escutem mais as pessoas. “Obrigado pela atenção” foi o que eu escutei três vezes essa semana. Será que chegamos ao ponto de precisarmos agradecer o mínimo que se necessita em uma relação humana? Respirar fundo faz bem sim...acalma a alma. SIM! Alma... Acreditem em Deus, pelo amor Dele. Não se prenda a preconceitos em torno das religiões. Olhem para o pôr-do-sol e para o lado dentro do ônibus. Cinco minutos de conversa pode salvar uma vida.

É difícil, mas, se somos capazes de construir pontes, carros e armas, somos capazes de tentar amar um pouco mais. Simples. Obrigado e desculpe pela letra.

Vicente

Paraty, 20 de maio de 2011

Volto daqui a pouco coma sequencia da história.