A luz das 16:30

Quando, aos meus seis anos de idade, uma professora pediu à nossa turma para desenhar o que mais gostávamos de fazer, não pensei duas vezes: desenhei o corredor do meu prédio onde brincava com meus amigos. Na hora não soube dizer por que. Não era pelo lazer, pela brincadeira em si, pela distração ou por acaso, mas me lembro de justificar dizendo que o Sol entrava pela janela e coloria o corredor. Eu falava com a professora: “sabe, quando o sol entra e você fica no cantinho, brincando?”.

Um momento que me confortava. Não existia desenho ou palavras que traduzissem aquele sentimento. O lápis de cera laranja não era suficiente. E ainda não foi!

Vinícius Steinbach

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Uma história de Vicente

Como era de se esperar, apesar de ser feriado, Sr. Vicente saiu às 07:30.

Dessa vez não levava a maleta, mas ao passar pelo porteiro fez as mesmas recomendações de sempre:

- Caso passe alguém me procurando, anote o nome e o número, por favor?

De fato passava por ali algumas pessoas a procura de Sr. Vicente

- José Alexandre do escritório.

- Marluce do alfaiate.

- Jaime, do clube, junto com o Alemão do estúdio fotográfico.

Não era sempre, mas sempre era.

Porque então Vicente não avisava onde estaria ou simplesmente deixava marcado um horário?

Se assim fosse, ele não teria para quem ligar no final do dia?

Um comentário:

  1. Nossa, morri com a descrição do blog. Sabe que eu tenho uma história parecida? Gostei, viu? Vou bater ponto aqui!

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