A luz das 16:30

Quando, aos meus seis anos de idade, uma professora pediu à nossa turma para desenhar o que mais gostávamos de fazer, não pensei duas vezes: desenhei o corredor do meu prédio onde brincava com meus amigos. Na hora não soube dizer por que. Não era pelo lazer, pela brincadeira em si, pela distração ou por acaso, mas me lembro de justificar dizendo que o Sol entrava pela janela e coloria o corredor. Eu falava com a professora: “sabe, quando o sol entra e você fica no cantinho, brincando?”.

Um momento que me confortava. Não existia desenho ou palavras que traduzissem aquele sentimento. O lápis de cera laranja não era suficiente. E ainda não foi!

Vinícius Steinbach

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Uma história de Vicente - 17

E mundo lá sempre a rodar!
Aquela experiência renovou Vicente. Estava decidido a iniciar uma nova história dali para frente. Foi quase um pacto como  novo amigo. Albuquerque agora tinha endereço.
Era quase primavera e, sim, poderia voltar para casa.
Refez o caminho para a rodoviária já com saudades daquele lugar. Pediu um café e sentou-se em frente ao ônibus que voltaria para o Rio. O cobrador desceu e escreveu o destino no vidro do ônibus. Escreveu simplesmente "Rio Janeiro". Por suprimir uma preposição ou por preguiça, mal sabia ele que acabara de batizar alguma rio no interior do país!

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