A luz das 16:30

Quando, aos meus seis anos de idade, uma professora pediu à nossa turma para desenhar o que mais gostávamos de fazer, não pensei duas vezes: desenhei o corredor do meu prédio onde brincava com meus amigos. Na hora não soube dizer por que. Não era pelo lazer, pela brincadeira em si, pela distração ou por acaso, mas me lembro de justificar dizendo que o Sol entrava pela janela e coloria o corredor. Eu falava com a professora: “sabe, quando o sol entra e você fica no cantinho, brincando?”.

Um momento que me confortava. Não existia desenho ou palavras que traduzissem aquele sentimento. O lápis de cera laranja não era suficiente. E ainda não foi!

Vinícius Steinbach

sábado, 18 de dezembro de 2010

Uma história de Vicente - 4

Saiu com a necessidade de poesia. Na banca, o jornal não interessava tanto. Foi buscar no jornaleiro alguma lembrança daquela cidade. Encontrou a velha reclamação de que “naquele tempo que era bom”.

Se hoje não tem mais graça, o que Vicente diria no futuro?

“Naquele tempo a saudade é que era boa”?

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