A luz das 16:30

Quando, aos meus seis anos de idade, uma professora pediu à nossa turma para desenhar o que mais gostávamos de fazer, não pensei duas vezes: desenhei o corredor do meu prédio onde brincava com meus amigos. Na hora não soube dizer por que. Não era pelo lazer, pela brincadeira em si, pela distração ou por acaso, mas me lembro de justificar dizendo que o Sol entrava pela janela e coloria o corredor. Eu falava com a professora: “sabe, quando o sol entra e você fica no cantinho, brincando?”.

Um momento que me confortava. Não existia desenho ou palavras que traduzissem aquele sentimento. O lápis de cera laranja não era suficiente. E ainda não foi!

Vinícius Steinbach

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Uma história de Vicente - 5

Era jornalista de formação. Trabalhava agora no impresso. Imprensa impressa. Uma letra. Não havia lhes dito que ele trabalhava com papéis. Papéis impessoais. Mais de uma letra. Jornal não tem expressão? Tem significação. Impresso. Mas porque impessoal? Já começava a se questionar sobre o assunto com o jornaleiro e a saudade dos velhos tempos. Afinal, o agora era lindo...

Um comentário:

  1. Um folhetim? quase? curto.
    Bom saber de você pela web desenhando palavras.
    Curti.

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