A luz das 16:30

Quando, aos meus seis anos de idade, uma professora pediu à nossa turma para desenhar o que mais gostávamos de fazer, não pensei duas vezes: desenhei o corredor do meu prédio onde brincava com meus amigos. Na hora não soube dizer por que. Não era pelo lazer, pela brincadeira em si, pela distração ou por acaso, mas me lembro de justificar dizendo que o Sol entrava pela janela e coloria o corredor. Eu falava com a professora: “sabe, quando o sol entra e você fica no cantinho, brincando?”.

Um momento que me confortava. Não existia desenho ou palavras que traduzissem aquele sentimento. O lápis de cera laranja não era suficiente. E ainda não foi!

Vinícius Steinbach

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Uma história de Vicente - 6

Fazia aquilo por inércia. Gostava, mas vinha a reboque. Queria mesmo era encontrar algo, no meio daquilo tudo que lhe fizesse arder. Sempre escreveu bem e como não sabia jogar bola, virou jornalista. Queria na verdade ser poeta. Ainda não era ou sempre foi? Escreveria um livro. Só precisava de algum motivo realmente bom. Algo que lhe fizesse arder.

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